Economia Verde

 

O que é Economia Verde

 

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) concebe a Economia Verde como aquela que resulta em

melhoria do bem-estar humano e da igualdade social ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos

ambientais e a escassez ecológica. Sustenta-se sobre três pilares: é pouco intesiva em carbono, é eficiente no uso dos

recursos naturais e é socialmente inclusiva. Por se um conceito novo, o debate é amplo. Enquanto alguns acreditam ser

uma possibilidade de inserir concretamente demadandas relacionadas ao Desenvolvimento Sustentável nas práticas

econômicas, outros dizem ser o termo confuso, irrelevante, e diversos grupos da sociedade civil apresentam críticas

contundentes apontando-o como ineficiente e inadequado diante dos desafios que se apresentam. Veja abaixo como está

organizado este item.

 

Temas da Economia Verde

 

Há basicamente três grandes blocos temáticos essenciais para entender a transição à Economia Verde. O primeiro grupo compreende

assuntos relacionados à sociedade urbano-industrial, cujo modelo econômico foi herdado da Revolução Industrial e exacerbado no pósguerra. É um modelo que não sabe o que fazer com o lixo que gera, depende de substâncias químicas perigosas para a saúde humana e o

meio ambiente, baseia-se em uma matriz energética com grande impacto ambiental e articula-se a sistemas de transporte que priorizam os

carros e poluem a atmosfera.

O segundo grupo inclui questões relacionadas à utilizaçao dos ativos naturais pelos agentes econômicos. São ativos estruturais para o

bom funcionamento da economia a longo prazo, tais como florestas, biodiversidade, ecossistemas aquáticos e solo, que vêm sendo

destruídos em detrimento do lucro fácil e imediato. O terceiro grupo refere-se a ações relacionadas à redução da pobreza e de

desigualdades.

Destacamos nove temas centrais que se encaixam nos três blocos temáticos. Cada um dos nove temas apresenta o item "Para saber

mais", com indicações de sites e bibliografias específicas.

 

 

Exemplos de meios para alcançar a Economia Verde

 
A Economia Verde é entendida como um conjunto de ações e instituições que trazem para a prática econômica cotidiana
os aspectos sociais e ambientais relacionados à construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Além de
produtos/serviços “mais sustentáveis” junto com os negócios e atividades econômicas que os produzem a Economia
Verde é constituida também pelo conjunto de instituições, práticas e instrumentos que direcionam a atividade econômica
nessa direção.
Assim, há uma série de mecanismos que ajudam a compreender como – na prática – está sendo construído um sistema
voltado a tornar predominantes as atividades econômicas que tenham a sustentabilidade social e ambiental em seu cerne.
Entre esses instrumentos destacam-se: políticas públicas; autorregulação; incentivos fiscais; compras públicas; novos
indicadores; crédito subsidiado para acelerar a transição e gestão corporativa sustentável.
 

Governança

 
Dos dois conjuntos de temas que serão discutidos na Rio+20, Governança talvez seja o menos midiático, mas de
fundamental importância para, quem sabe, tirar do papel um emaranhado de convenções, protocolos, declarações e
compromissos pelo Desenvolvimento Sustentável negociados nas três últimas décadas.
A Rio+20 discutirá propostas para reformar a governança global relacionadas às questões ambientais e ao
Desenvolvimento Sustentável como um todo. Se este é, em geral, percebido por meio das dimensões social, econômica e
ambiental do desenvolvimento que provê justas condições de vida para as gerações atuais e futuras, então o debate de
governança na Rio+20 deveria levar a conclusões e medidas que permitam à ONU e aos países escolher as formas e
instrumentos adequados para promover e acelerar a transição rumo a sociedades sustentáveis.
Os debates sobre o tema da governança no processo preparatório da Rio+20 têm ocorrido sob dois enfoques:
Governança ambiental: busca por uma nova configuração institucional no âmbito da ONU que promova sinergia e
eficácia na implementação dos acordos ambientais multilaterais, conhecidos em inglês como multilateral
environmental agreements (MEAs), e, por meio deles e de melhor articulação das atividades de órgãos da ONU e dos
países, restaurar e conservar a integridade ambiental no planeta .
Governança do Desenvolvimento Sustentável: inserir a perspectiva de Desenvolvimento Sustentável no coração
decisório das Nações Unidas de modo que o tema, nas suas três dimensões principais (social, econômica e
ambiental) seja tratado de fato como transversal nas estratégias nacionais e internacionais de desenvolvimento.